quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os Protozoários

Os protozoários pertencem ao reino Protista, do qual também fazem parte as algas. As algas são protistas autótrofos (fabricam seu próprio alimento porfotossíntese ou quimiossíntese), enquanto os protozoários são heterótrofos (não sintetizam seu alimento). Este grupo é formado por cerca de 45 mil espécies, agrupadas em quatro filos: Sarcodina,Flagellata, Ciliophora e Sporozoa. Esta classificação baseia-se nas estruturas de locomoção. São seres microscópicos, unicelulares e eucariontes (com núcleo definido). 


A maioria das espécies habita ambientes aquáticos de água doce ou salgada, mas algumas são encontradas também em ambientes terrestres úmidos. Possuem papel importante nas cadeias alimentares, em relações de simbiose e também de parasitismo.


Características gerais dos protozoários


membrana plasmática da célula de um protozoário pode ser simples ou recoberta por uma carapaça calcária rígida. Através dela são realizadas as trocas gasosas e a absorção e excreção de substâncias.

A digestão é realizada através de vacúolos digestivos, estruturas que se formam no interior da célula após a ingestão de partículas externas. Os resíduos são excretados, juntamente com o vacúolo, podendo ser eliminados por toda a superfície celular.

Existem três tipos de estruturas locomotoras: os pseudópodes, os cílios e os flagelos. Os pseudópodes são expansões transitórias do citoplasma, os cílios são filamentos curtos e numerosos, enquanto os flagelos são estruturas mais longas e que, geralmente, ocorrem em menor número.

Os protozoários podem se reproduzir tanto assexuada quanto sexuadamente. Na reprodução assexuada, a célula cresce até se dividir em dois novos organismos. Este processo é chamado de divisão binária. A reprodução sexuada ocorre por conjugação, quando dois indivíduos se unem, trocam material genético e originam novos protozoários. Em algumas espécies, ocorre a alternância de gerações (sexuada e assexuada) e a formação de esporos.


Filo Sarcodina


Os sarcodíneos são protozoários que se locomovem através de pseudópodes, são de vida livre e se reproduzem por divisão binária. Existem cerca de 12 mil espécies dentro deste grupo, que é dividido em: amebas, foraminíferos, radiolários e heliozoários.

Muitas espécies de amebas estabelecem relações de comensalismo com o homem e outros animais. Um exemplo é a Entamoeba coli, que habita o intestino de diversos animais sem causar-lhes nenhum prejuízo. Outras espécies são parasitas, como a Entamoeba histolytica, que causa a disenteria amebiana ou amebíase, doença caracterizada por lesões no intestino e fortes diarréias.

Os foraminíferos são protozoários que apresentam uma carapaça calcária externa, formada por diversas câmaras e com inúmeras perfurações. Por cada um desses orifícios são emitidos os pseudópodes. Muitas espécies fósseis são utilizadas como indicadores na busca por poços petrolíferos.

Os radiolários e os heliozoários apresentam pseudópodes extremamente finos e projetados, como raios, ao redor da célula. Eles possuem uma estrutura de sustentação interna, composta por inúmeras placas e espículas de sílica. Os radiolários são exclusivamente marinhos; já os heliozoários podem ser encontrados tanto na água doce como na salgada.


Filo Flagellata


Os flagelados apresentam um ou dois flagelos, através dos quais se locomovem e capturam alimentos. São de vida livre ou sésseis e reproduzem-se por divisão binária ou sexuadamente. Existem cerca de 2 mil espécies de flagelados, muitas das quais são parasitas do homem.

A leishmaniose, também conhecida como úlcera de Bauru, é uma doença causada por um flagelado, o Leishmania brasiliensis. É transmitida pela picada de mosquitos contaminados e causa feridas na pele e nas mucosas.

O Tripanosoma cruzi, outro flagelado, provoca a doença de Chagas. A forma mais comum de contaminação ocorre quando percevejos (barbeiros) contaminados liberam os protozoários em suas fezes e, através da ferida provocada pela picada, estes penetram na corrente sanguínea humana. A doença provoca lesões em diversos órgãos, inclusive no coração, podendo levar à morte por insuficiência cardíaca.

Outras doenças causadas por flagelados são a giardíase e a tricomoníase. A primeira causa fortes diarréias e lesões intestinais, enquanto a segunda provoca infecções na uretra e na vagina.


Filo Ciliophora


Os ciliados possuem cílios para a locomoção e captura de alimentos. A reprodução ocorre por divisão binária ou conjugação. As cerca de 6 mil espécies de ciliados são, em sua maioria, de vida livre, existindo poucos exemplares parasitas. 

Entre os ciliados parasitas, encontram-se espécies consideradas gigantes, para os padrões dos protozoários, como é o caso do Paramecium caudatum, ou simplesmente paramécio, que pode chegar a cinco milímetros de comprimento.


Filo Sporozoa

São protozoários que não possuem estruturas locomotoras. O grupo abrange cerca de 5 mil espécies, todas parasitas de vertebrados e invertebrados. Reproduzem-se através da alternância de gerações sexuada e assexuada e da produção de esporos.

Duas doenças causadas pelos esporozoários são a malária e a toxoplasmose. A malária é transmitida pela picada de mosquitos do gênero Anophelescontaminados por protozoários de três espécies: Plasmodium vivax, P. malariaee P. falciparum. Esta doença provoca acessos de febre em intervalos cíclicos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 40% da população mundial, principalmente nos trópicos, convive com o risco de contrair malária.

A toxoplasmose é uma infecção causada pelo esporozoário Toxoplasma gondii, que possui como hospedeiros animais domésticos como gatos, cachorros, roedores, entre outros. 

A contaminação pode ocorrer de três maneiras: ingestão de esporos presentes em carnes cruas ou mal-passadas, ingestão de bebidas ou comidas contaminadas com os cistos ou, de forma congênita, quando a mulher grávida transmite a doença ao feto. Alguns dos sintomas dessa doença incluem febre, manchas vermelhas pelo corpo e mal-estar.


Fonte:

Balantidiose

A balantidiose é uma protozoose, ou seja, uma doença transmissível causada por protozoários. O responsável por tal moléstia é chamado Balantidium coli, um protozoário ciliado com alto grau de complexidade. É comum encontrar este parasita em ambientes onde há criação de animais, principalmente suínos. 

O Balantidium coli se instala no intestino grosso onde sofre desencistamento e liberação dos trofozoítos – forma infectante do parasita. É geralmente comensal da luz do intestino de suínos, obtendo suanutrição por absorção de matéria orgânica dissolvida e se reproduzindo de modo sexuado ou assexuado. Além disso, pode ainda invadir a mucosa intestinal, caso esteja lesada. 

Com o desenvolvimento e multiplicação destes protozoários no hospedeiro, novos cistos são liberados ao meio ambiente através das suas fezes contaminadas. Os cistos são considerados como uma resistência às adversidades do meio. E caso o homem possua carências nutricionais, ausência de condições sanitárias adequadas ou falta de higiene com sua alimentação e principalmente com as mãos, facilmente contamina-se o solo, a água, e consequentemente, outros homens e também animais; em especial os porcos, por serem os hospedeiros naturais do Balantidium. Outros animais também podem ser atingidos, como os macacos, chimpanzés, cães, ratos e cobaias. 

A pessoa que possui balantidiose pode ser assintomática (ausência de sintomas) ou sintomática, com surtos de diarreia. Em aproximadamente 50% dos casos, as pessoas são assintomáticas. Já nas sintomáticas, a infecção se manifesta através de febre, diarreia, náuseas, vômito, anorexia, fraqueza, disenteria evoluindo até para desidratação e hemorragias intestinais. 

O homem que ingere cistos presentes no ambiente por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados sofre então uma infecção chamada colite, além de cólicas intestinais, tenesmos (sensação dolorosa e desejo contínuo de urinar ou evacuar, embora sem êxito) e diarreia. 

A profilaxia inclui cuidados de higiene corporal, cuidado e cozimento no preparo dos alimentos, fervura da água, saneamento básico, engenharia sanitária para impedir que fezes entrem em contato com o sistema de abastecimento de água, tratamento dos doentes, além dos cuidados de higiene para trabalhadores em ambiente rural que têm constante contato com suínos, possíveis reservatórios do parasita. 

O diagnóstico clínico é feito através da avaliação dos sintomas, enquanto o diagnóstico laboratorial ocorre por exames de fezes pelos métodos usuais ou, quando necessário, fazer cultura de fezes para verificar as formas. O tratamento envolve a adoção de dieta láctea por alguns dias ou em alguns casos o uso de medicamentos recomendados pelo médico. 



Giardíase

A giardíase, também conhecida por lambliose, é uma infecção intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia. Ele pode se apresentar em forma de cisto ou trofozoíto, sendo que a primeira é a responsável por causar diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro (cão, gato, gado, roedores, ser humano, dentre outros), graças às toxinas que libera. Essas manifestações podem gerar um quadro de deficiência vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a morte, caso não sejam tratadas. 

Ocorre em todo o mundo, mas é mais frequente em regiões onde as condições sanitárias e de higiene são precárias. 

Os protozoários são transmitidos pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo contaminado, podendo estar presentes na água, alimento, nas mãos, e até mesmo de sexo oral-anal. Moscas e baratas também podem transportá-los. No estômago, dão origem aos trofozoítos. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem e seus descendentes, após sofrerem processo de encistamento, são liberados para o exterior do hospedeiro, quando este defecar. O período de incubação é entre uma e quatro semanas e a infecção pode ser assintomática

diagnóstico é feito via exame de fezes ou, em casos raros, biópsia de material duodenal. Aprevenção é feita adotando-se hábitos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais e antes de comer ou preparar alimentos; ingerir unicamente água tratada; higienizar os alimentos antes do consumo e cura dos doentes. Vale lembrar que o cloro não mata os cistos e que, portanto, alimentos ou água tratados unicamente com cloro não impedem a infecção por este protozoário. 

tratamento pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo médico. Adultos que têm contato mais próximo com crianças e pessoas que trabalham no setor alimentício devem se afastar de suas funções até a cura total. 


Fonte:

Malária

A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium, como o Plasmodium vivaxPlasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale: os dois primeiros ocorrem em nosso país e são mais frequentes na região amazônica. 

Essa doença, conhecida também pelos nomes impaludismo, febre palustre, maleita e sezão, tem comovetor fêmeas de alguns mosquitos do gênero Anopheles. Estas, mais ativas ao entardecer, podem transmitir a doença para indivíduos da nossa espécie, uma vez que liberam os parasitas no momento da picada, em sua saliva. Transfusão de sangue sem os devidos critérios de biossegurança, seringas infectadas e mães grávidas adoecidas são outras formas em que há a possibilidade de contágio

No homem, os esporozoítos infectantes se direcionam até o fígado, dando início a um ciclo que dura, aproximadamente, seis dias para P. falciparum, oito dias para a P. vivax e 12 a 15 dias para a P. malariae, reproduzindo-se assexuadamente até rebentarem as células deste local (no mosquito, a reprodução destes protozoários é sexuada). Após esses eventos, espalham-se pela corrente sanguínea e invadem hemácias, até essas terem o mesmo fim, causando anemia no indivíduo

Febre alta, sudorese e calafrios, palidez, cansaço, falta de apetite e dores na cabeça e em outras regiões do corpo são os principais sintomas, que podem se manifestar a cada 48 horas, caso a infecção tenha sido causada pelo P. falciparum ou pelo P. vivax; e a cada 72 horas quando o agente causador é o P. malarie (febre quartã). Essa primeira espécie pode, ainda, afetar vários órgãos e sistemas do corpo, como o sistema nervoso e aparelho respiratório. 

Para confirmar a presença do parasita no sangue, a análise é feita por meio de uma pequena amostra, geralmente retirada da ponta do dedo do paciente (teste de gota espessa). O tratamentoé feito com o uso de fármacos orais e deve ser iniciado o mais rapidamente possível, para evitar complicações como anemia, icterícia e mau funcionamento dos órgãos vitais, além dos riscos que um indivíduo acometido pelo P. falciparum pode estar sujeito. 

A  prevenção consiste em evitar picadas do mosquito, fazendo o uso de repelentes, calças e camisas de manga longa, principalmente no período de fim da tarde e início da noite. Evitar o acúmulo de água parada a fim de impedir a ovoposição e nascimento de novos mosquitos é outra forma de evitar a malária. 


Fonte:

Leishmaniose Visceral

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun, é uma doença causada pelo protozoário tripanossomatídeo Leishmania chagasi. É transmitida por vetoresda espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex.: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos. 

Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem esse papel. Quanto a este fato, podemos entendê-lo ao considerarmos a proximidade que estes animais têm com a nossa espécie e que nem todos, quando infectados, apresentam os sinais da doença (emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele). 

Indivíduos humanos apresentam febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez comosintomas. Fígado e baço podem ter seu tamanho aumentado, já que a doença acomete estes órgãos, podendo atingir também a medula óssea. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos. 

Doença endêmica em 62 países, no Brasil são registrados cerca de 3000 casos por ano, sendo que mais de 5% destes vão a óbito, cerca de um ou dois anos após o surgimento dos sintomas: grande parte em razão da falta de tratamento. 

Para diagnóstico, exame de sangue para análise de anticorpos específicos, punção - com inoculação do material em cobaias - ou biópsia dos possíveis órgãos afetados são as principais formas de confirmar a presença do patógeno. O tratamento é feito com fármacos específicos, distribuídos pelo governo em hospitais de referência. 

Medidas de prevenção e controle ainda não foram capazes de impedir a ocorrência de novos surtos do calazar. Entretanto, usar repelentes quando estiver em região com casos de leishmaniose visceral e armazenar adequadamente o lixo orgânico (a fim de evitar a ação do mosquito), além de não utilizar agulhas utilizadas por terceiros, são medidas individuais que diminuem a probabilidade de ser contaminado. Vale ressaltar, também, que existem repelentes especiais para cães, evitando que sejam picados pelos Lutzomia.
O controle dos vetores e tratamento das pessoas doentes são outras importantes formas para evitar a leishmaniose visceral. Quanto aos cães contaminados, muitos veterinários indicam a eutanásia, sem frisar que existe tratamento para o cão, embora com ressalvas. Este não os cura, mas promove melhor qualidade e tempo de vida. No entanto, não são todos os animais que podem passar por tais procedimentos, uma vez que os fármacos utilizados são significantemente fortes, podendo colocar em risco a vida do indivíduo. Assim, o tratamento é indicado àqueles  que não alcançaram a velhice e cujo rim não se encontra comprometido; desde que o dono se responsabilize pela continudade do tratamento (caro e longo) e promoção de cuidados específicos, orientados pelo médico veterinário. Dentre tais procedimentos, dois muito importantes são a utilização semanal de inseticidas na residência, e o uso de repelentes no cão, que impedem o contato de tais animais com os mosquitos transmissores da doença. Assim, nota-se a grande e nobre responsabilidade que o dono de um cão portador de leishmaniose tem perante seu animal e a sociedade.


Toxoplasmose Congênita

A toxoplasmose é uma doença causada pela infecção do organismo por um protozoário esporozoário parasita, o Toxoplasma gondii. 

A transmissão ocorre pelo contato humano com as fezes contaminadas de animais domésticos, principalmente de gato. Este animal contrai a doença através do hábito alimentar, por meio da ingestão de presas infectadas (ratos e pássaros contaminados). No aparelho digestório destes felinos os protozoários se proliferam, sendo eliminados juntamente com as fezes, e assim podendo contagiar outros animais e até mesmo o homem. 

Geralmente é uma doença assintomática e benigna, com sintomas muito variados dependendo da imunidade do paciente, contudo pode causar lesões oculares, ocasionando a perda parcial da visão ou mesmo a cegueira. 

Em mulheres gestantes pode causar graves consequências, pois podendo o parasita ultrapassar a barreira placentária acometendo o feto (toxoplasmose congênita), instala-se no sistema nervoso provocando hidrocefalia e atrofia cerebral ou também afetando outros órgãos, atacando o fígado induzindo anemia. 

Entre as formas sintomáticas da toxoplasmose estão: contágio brando; contágio do sistema nervoso e gânglios; contágio ocular; e contágio do miocárdio e dos pulmões. 

O tratamento só é indicado nos casos de doença em órgãos como coração, olhos ou durante a gravidez. Em pacientes com AIDS o tratamento é obrigatório e por tempo indeterminado para evitar a progressão da doença. 

Destacam-se como medidas profiláticas, os cuidados básicos de higiene pessoal e manejo adequado de animais domésticos e seus excrementos.



Fonte:

sábado, 12 de março de 2011

A Biologia

Biologia é a Ciência que estuda os seres vivos (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo, ou seja o estudo da vida). Debruça-se sobre o funcionamento dinâmico dos organismos desde uma escala molecular subcelular até o nível populacional e interacional, tanto intraespecíficamente quanto interespecíficamente, bem como a interação da vida com seu ambiente físico-químico. O estudo destas dinâmicas ao longo do tempo é chamado, de forma geral, de biologia evolutiva e contempla o estudo da origem das espécies e populações, bem como das unidades hereditárias mendelianas, os genes. A biologia abrange um espectro amplo de áreas acadêmicas frequentemente consideradas disciplinas independentes, mas que, no seu conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas.
A vida é estudada à escala atômica e molecular pela biologia molecular, pela bioquímica e pela genética molecular, no que se refere à célula pela biologia celular e à escala multicelular pela fisiologia, pela anatomia e pela histologia. A biologia do desenvolvimento estuda a vida ao nível do desenvolvimento ou ontogenia do organismo individual.
Subindo na escala para grupos de mais que um organismo, a genética estuda as bases da hereditariedade e da variação entre indivíduos. A etologia estuda o comportamento dos indivíduos. A genética populacionalalelos nas população, enquanto que a sistemática trabalha com linhagens de muitas espécies. As ligações de indivíduos, populações e espécies entre si e com os seus habitats são estudadas pela ecologia e as origens de tais interações pela biologia evolutiva. Uma nova área, altamente especulativa, a astrobiologiabiologia clínicasaúde e qualidade de vida, dos processos orgânicos eticamente consagrados. constitui a área especializada da biologia profissional, para Diagnose em (ou xenobiologia) estuda a possibilidade de vida para lá do nosso planeta. A estuda a dinâmica dos
De uma forma mais geral, os ramos da Biologia são:
Zoologia
Botânica
Microbiologia
Micologia
Bacteriologia
Virologia
Citologia ou Biologia Celular
Genética
Biologia Molecular
Sistemática
Biologia Evolutiva
Fisiologia
Ecologia
Biologia de Sistemas
Biologia da Conservação
Bioética
Biologia do Desenvolvimento
Histologia
Etologia
Imunologia
Biotecnologia
Paleontologia
Etnobiologia
Todas as áreas de especialização dos biólogos surgem do cruzamento dos diferentes ramos da Biologia. Apesar de, ao contrário da física, a biologia não descrever os sistemas biológicos em termos de objectos que obedecem a leis imutáveis descritas de forma matemática, não deixa de ser caracterizada por um certo número de princípios e conceitos nucleares: universalidade, evolução, diversidade, continuidade, homeostase e interacção.


Fonte :http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia

Sífilis

Introdução - Sífilis é uma doença infecciosa causada por uma espiroqueta chamada Treponema pallidum que evolui lentamente em três estágios, caracterizada por lesões da pele e mucosas. Pode ser transmitida por contato sexual, configurando-se assim como uma DST, e mais raramente por contaminação feto-placentária. O Treponema pallidum é uma bactéria com forma de espiral (em média dá 10 a 126 voltas) e tem cerca de 54 micrómetros de comprimento mas apenas 0,2 micrómetros de astro autura. Correndo ao longo do eixo longotominal, tipo "sacolas". A sífilis também é conhecida como lues (palavra latina que significa praga), cancro duro, avariose, doença-do-mundo, mal-de-franga, mal-de-nápoles, mal-de-santa-eufêmia e pudendagra, entre outros.

Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis

O QUE É?
É uma doença infecciosa crônica causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, adquirida, na maior parte das vezes, por contato sexual com outra pessoa contaminada. Se não tratada, progride tornando-se crônica e com manifestações sistêmicas, isto é, comprometendo várias partes do corpo. Sua progressão, de acordo com o grau de comprometimento do corpo, ao longo do tempo, foi dividida em estágios (primária, secundária e terciária). As duas primeiras fases são as de características mais marcantes de infecção, quando se observam mais sintomas e é mais transmissível, após o que se observa um longo período de latência, quando a pessoa não sente nada, apresentando uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em indivíduos não tratados. Passada esta fase inicial, a capacidade de transmissão diminue. Após alguns anos, podem surgir manifestações da doença no coração, cérebro e, virtualmente, em qualquer órgão do corpo.
COMO SE ADQUIRE?
Pode-se adquirir sífilis por contato sexual, via placentária (sífilis congênita, o feto adquire na vida intra-uterina), por beijo, ou outro contato íntimo com uma lesão ativa (que contenha a bactéria Treponema), por transfusão de sangue ou derivado, ou, ainda, por inoculação acidental direta, por exemplo, em profissionais da área da saúde (raro). A grande maioria dos casos de transmissão ocorre por relações sexuais desprotegidas (sem preservativos).
O QUE SE SENTE?
As primeiras manifestações ocorrem após um período de incubação (da contaminação até apresentar o primeiro sintoma) de duração média de 21 dias, podendo variar de 3 até 90 dias.
A doença apresenta, como foi dito anteriormente, três fases distintas, com manifestações características em cada uma e um período de latência (sem sintomas) entre a segunda e a terceira fase.
Na fase primária, ocorre a lesão clássica nos genitais, porta de entrada do Treponema, chamada de cancro. É uma ferida com bordas endurecidas e profundas com o fundo macio e pouco dolorida. Esta lesão pode não estar presente ou oculta no caso das mulheres. Pode, ainda, ocorrer de maneira múltipla, mais freqüente naqueles indivíduos com a imunidade comprometida, como nos portadores de AIDS. Tais lesões são muito variáveis e freqüentemente atípicas, por esta razão, toda lesão nos genitais deve sofrer avaliação médica. Pode ocorrer o que os médicos chamam de linfoadenomegalias (ínguas) na região inguinal, concomitante, com a lesão primária. O cancro leva em média 3 a 6 semanas para se curar, podendo não deixar marca alguma.
A fase secundária ocorre após 4 a 8 semanas do surgimento do cancro, podendo inclusive esta lesão, ainda, estar presente. Nesta fase, ocorre a maior quantidade de Treponemas circulantes. O indivíduo contaminado apresenta sintomas genéricos como mal-estar, febre, dor-de-cabeça, dor-de-garganta, perda de apetite e peso e, em muitos casos, ínguas (linfoadenomegalias) pelo corpo todo. Em 80% dos casos, ocorrem lesões na pele do corpo todo, “poupando” o rosto, embora possam ocorrer nos lábios e comprometer a planta dos pés e palma das mãos (característico desta fase). São manchas pequenas com 3-10mm de diâmetro, róseas ou violáceas e planas, que não coçam ou doem.
Como o que ocorre nesta segunda fase é uma disseminação da bactéria pelo corpo todo, as manifestações podem variar de acordo com o grau de comprometimento de um ou outro órgão. Podem estar comprometidos cérebro, rins, fígado, tubo digestivo, olhos, ossos, tendões, cartilagens e articulações. Apesar de nesta fase os sintomas serem confundíveis com um grande número de doenças, felizmente, o principal teste diagnóstico é positivo em 99% dos casos. Desta fase, o indivíduo pode ir para sífilis latente, onde não há evolução para a fase terciária e fica livre de sintomas, embora possa recair tendo sintomas da fase secundária e seja potencialmente contaminante, sobretudo mulheres no caso de transmissão intra-útero para o feto. O indivíduo pode permanecer por tempo indeterminado nesta fase, podendo durar a vida toda.
A fase terciária é a fase de inflamação progressiva e lenta (crônica) com sintomas relacionados aos órgãos predominantemente comprometidos, é destrutiva e incapacitante. Assim, no caso do cérebro, teremos a neurosífilis, com sintomas de meningite e paralisia de nervos ou o comprometimento de vasos cerebrais causando obstruções de artérias, com sintomas de trombose ou derrames cerebrais. Quando compromete a medula, leva à perda de reflexos e sensibilidade dos membros com progressiva deterioração do controle dos esfíncteres e da capacidade de andar. O espectro de sintomas neurológicos é muito grande, podendo ocorrer quadros mais relacionados à sensibilidade: dores abdominais e/ou em membros até cegueira. Outra apresentação dominante é a cardiovascular, onde ocorre comprometimento de válvulas cardíacas (insuficiência e estenose) e dos grandes vasos principalmente do maior deles: a Aorta, levando à dilatação da mesma (aneurisma). Os sintomas são falta-de-ar e fadiga aos esforços cada vez menores. As conseqüências da fase terciária da sífilis ainda constituem em graves problemas médicos na atualidade, embora o surgimento de casos novos venha apresentando constante diminuição nas sociedades ocidentais desenvolvidas.
COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?
Como se viu anteriormente, esta doença pode se assemelhar com muitas outras, por esta razão o diagnóstico deve primeiro passar pela suspeita clínica. Na maioria das vezes, esta suspeita é levantada pelo médico através da avaliação da exposição às formas de contaminação, principalmente, sexo desprotegido e dos sintomas lesões genitais e manifestações na pele. O diagnóstico de outras doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS e gonorréia praticamente obriga a se fazer testes para sífilis.
Após a suspeita clínica, o médico dispõe de duas vias para a confirmação do diagnóstico. Ou detecta a bactéria na lesão (menos freqüente), ou, mais freqüentemente, testa a presença de anticorpos anti-Treponema no sangue.
COMO SE TRATA?
O antibiótico mais indicado para a infecção por Treponema pallidum é justamente o mais antigo e de preço mais acessível dentre todos: a penicilina. Esta é uma das principais razões para a observação do decréscimo de novos casos de complicações mais tardias da doença (fase terciária) nos países desenvolvidos. Além, é claro, de eficiente controle de saúde pública.
Tratar sífilis parece ser muito fácil pelo custo e acesso ao tratamento. O maior problema continua sendo o diagnóstico, visto que pode ser confundida com muitas outras doenças.
COMO SE PREVINE?
Não há perspectiva de desenvolvimento de vacina para breve, por isso, a prevenção recai sobre a educação em saúde para suspeita e diagnóstico precoce e tratamento, além da promoção da prática de sexo seguro com o uso de preservativos.

Cólera

Introdução - A cólera (ou cólera asiática) é uma doença causada pelo vibrião colérico (Vibrio cholerae), uma bactériaintestino humano produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada. em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no
A cólera é transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos. São necessários em média 100 milhões de víbris (e no mínimo um milhão) ingeridos para se estabelecer a infecção, uma vez que não são resistentes à acidez gástrica e morrem em grandes números na passagem pelo estômago.

A incubação é de cerca de cinco dias. Após esse período começa abruptamente a diarréia aquosa e serosa, como água de arroz.
As perdas de água podem atingir os 20 litros por dia, com desidratação intensa e risco de morte, particularmente em crianças. Como são perdidos na diarréia sais assim como água, beber água doce ajuda mas não é tão eficaz como beber água com um pouco de sal. Todos os sintomas resultam da perda de água e eletrólitos:
  • Diarréia volumosa e aquosa,tipo água de arroz, sempre sem sangue ou muco (se contiver estes elementos trata-se de disenteria).
  • Dores abdominais tipo cólica.
  • Náuseas e vômitos.
  • Hipotensão com risco de choque hipovolémico (perda de volume sanguineo) fatal, é a principal causa de morte na cólera.
  • Taquicardia: aceleração do coração para responder às necessidades dos tecidos, com menos volume sangüíneo.
  • Anúria: micção inferior a 100ml/dia, devido à perda de líquido.
  • Hipotermia: a água é um bom isolante térmico e a sua perda leva a maiores flutuações perigosas da temperatura corporal.
O risco de morte é de 50% se não tratada, sendo muito mais alto em crianças pequenas. A morte é particularmente impressionante: o doente fica por vezes completamente mirrado pela desidratação, enquanto a pele fica cheia de coágulos verde-azulados devido à ruptura dos capilares cutâneos, sendo que isso é muito importante para as crianças e adultos.

Fonte :http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lera

O QUE É?
É uma diarréia aguda causada por uma bactéria denominada vibrião colérico (Vibrio cholerae), que se multiplica rapidamente na luz intestinal. Embora esta bactéria não seja invasiva tem a propriedade de produzir uma toxina que atua sobre o intestino provocando aumento descontrolado da secreção de cloro, sódio e água para a luz intestinal. Isto acarretando diarréia de tal intensidade que se torna freqüentemente mortal
COMO SE TRANSMITE?
A cólera se transmite por ingestão de água e ou alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doentes ou portadores assintomáticos que estejam eliminando grandes quantidades de vibrião colérico. O homem é o único animal atingido pela doença e também é o principal reservatório desta bactéria, embora alguns frutos do mar possam ser contaminados.
O QUE SE SENTE?
A infecção assintomática é mais comum do a infecção acompanhada de sintomas. As queixas decorrem das perdas de líquidos e de sais minerais. Após um período de incubação de um a cinco dias inicia abruptamente uma diarréia aquosa, descrita como semelhante à água de arroz. As perdas de líquidos podem alcançar vinte litros por dia. As perdas sem reposição de água e eletrólitos (sais minerais) acabam se complicando com vômitos, cólicas e diminuição acentuada do volume circulante que determina aumento da freqüência cardíaca, choque e insuficiência renal.
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
A identificação da bactéria é essencial para a confirmação diagnóstica. A cólera é doença de notificação compulsória o que mantém um estado de alerta para novos casos. O surgimento de diarréia de grande intensidade chama atenção para a doença. Exames laboratoriais contribuem decisivamente para orientar a reposição dos líquidos e eletrólitos.
COMO SE PREVINE?
A vacina contra a cólera só é indicada em casos muito especiais, tem uma eficácia de cerca de 50% e uma duração protetora não superior a seis meses. A ingestão de água tratada é a recomendação para que a doença não se torne epidêmica.